ago . 2021 .

Como enfrentar a turbulência do cenário atual e preparar sua empresa para o pós-crise?

Para enfrentar esse momento, é importante que as organizações conheçam as melhores práticas de gestão de crise.

Como enfrentar a turbulência do cenário atual e preparar sua empresa para o pós-crise?



A COVID-19 trouxe a palavra “crise” para as manchetes do mundo todo. Diferente de outras turbulências recentes, os impactos do novo coronavírus não estão isolados em apenas alguns setores, eles atingem empresas de todos os portes e segmentos, a sociedade civil, os governantes, a saúde e a economia.

Para enfrentar esse momento, é importante que as organizações conheçam as melhores práticas de gestão de crise. Aqui na Falconi, com a nossa ampla experiência no tema, entendemos que existem três fases importantes para garantir a sobrevivência da empresa: a implementação de um comitê de crise, a análise de cenários e a estruturação de ações anticrise e, por fim, a preparação para o pós-crise.

I – Implementação do Comitê de Crise

O primeiro grupo deve ser o comitê central de crise, representado pelas principais áreas de funcionamento da empresa e protagonizado pelo CEO da companhia. Essa equipe deve avaliar quais as pressões dominantes para a empresa, ou seja, quais serão os setores mais atingidos. Podemos usar como exemplo, uma empresa do setor varejista. Para essa organização, a crise traz preocupações com a logística e distribuição, além da saúde dos colaboradores. Com esse mapeamento feito, o próximo passo é criar subcomitês para cada uma dessas áreas, subordinados ao comitê central.

É muito importante que exista uma governança bem definida, com fluxos de aprovação que garantam o alinhamento entre todos os níveis da organização, mas que também preze pela agilidade na tomada e implantação das medidas necessárias. As decisões devem ser tomadas e compartilhadas com todos, mantendo a coordenação das ações.

II – Análise de Cenários e Estruturação de Ações Anti Crise

Com a governança definida, partimos para a segunda etapa, na qual os líderes envolvidos na gestão da crise devem analisar os possíveis cenários. Estamos diante de um momento ímpar na história recente da humanidade, o que torna ainda mais difícil fazer projeções. Por isso, o ideal é trabalhar com pelo menos três cenários: otimista, moderado e negativo. Para cada uma dessas possibilidades, um plano de ação deve ser traçado e novos KPI’s definidos. A empresa precisará definir prioridades considerando todos os envolvidos como colaboradores, financeiro e clientes. A organização precisa ser preservada ao máximo e todas as variáveis possíveis precisam ser contempladas com o objetivo de rediscutir novas formas de atuação.

É nesta segunda etapa, com base nos objetivos e cenários mapeados, que análises ágeis devem ser conduzidas para identificar oportunidades com foco no contingenciamento. Questões chave devem ser analisadas em cada uma das dimensões (Financeiro, Pessoas, Operações & Processos e Clientes & Sociedade), permitindo a proposição de iniciativas específicas. Baseado na experiência de clientes da Falconi, algumas linhas iniciais são propostas para este exercício. Essas medidas devem ser fundamentais para garantir a liquidez da empresa e, consequentemente, sua perenidade. A equipe de especialistas Falconi elaborou diversos materiais, disponíveis nas redes sociais e no nosso site, sobre temas como gestão de caixa, orçamento base zero (OBZ), priorização de gastos, entre outros. Dentre os materiais desenvolvidos, destacamos uma ferramenta de avaliação em Gestão de Crise para auxiliar as empresas a identificar como estão reagindo à crise e o que mais pode ser explorado em relação às etapas da abordagem e às dimensões citadas anteriormente. Essa é uma forma da Falconi compartilhar conhecimento com as empresas e ajudá-las a sair ainda mais forte desse momento de crise mundial.

III – Preparação para o Pós-crise

Na última etapa, é importante entender que toda a crise é passageira e que novas oportunidades surgirão e é preciso se preparar para isso. Esta fase é um convite para todas as organizações repensarem a sua forma de trabalho. Avaliando a transformação recente causada pelo COVID-19, vemos empresas se adaptando ao trabalho remoto, companhias criando novas formas de estar em contato com o cliente ou apostando no comércio online. Estar preparado para esse novo mercado exige que, desde já, as lideranças criem métricas para acompanhar a evolução e transformação da economia, além de indicadores que possam mostrar com agilidade uma possível retomada.

Será necessário ajustar objetivos e metas que haviam sido traçados para o ano e revisar todo o desdobramento previsto, para todos os níveis, desde o presidente até a operação. É preciso ainda mapear as oportunidades que podem surgir para o seu segmento diante desta mudança de cenário. Processos poderão ser otimizados com base no aprendizado conquistado, rotinas comerciais, de operações e suporte poderão ser revistas. Novos produtos e canais poderão ser desenvolvidos, negócios serão transformados.

A principal lição será observar as medidas adotadas e entender em quais casos elas são mais eficientes que as anteriores para serem definitivamente adotadas, mesmo com a volta da normalidade. Uma coisa é certa: tão logo os mercados superem o momento atual, teremos uma nova realidade. Para as organizações, fica o aprendizado de que se reinventar, significa se propor a fazer diferente o que se fez até então.

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