set . 2023 .

Gestão e tecnologia para redução do Índice de Perdas de Água

Esforço precisa ser contínuo para garantir sustentabilidade dos sistemas de saneamento e oferta de água de qualidade para gerações presentes e futuras

Fernando Dutra*

Gestão e tecnologia para redução do Índice de Perdas de Água



Diante de um cenário no qual cerca de 40% da água é perdida antes mesmo de chegar às casas — segundo dados divulgados em junho pelo Instituto Trata Brasil —, a implementação bem-sucedida da gestão de perdas precisa ser um esforço contínuo para garantir a sustentabilidade dos sistemas de saneamento e a oferta de água de alta qualidade para as gerações presentes e futuras. Hoje, todo o volume desperdiçado seria suficiente para abastecer quase 66 milhões de brasileiros em um ano.

<< Veja também: Falconi publica Relatório de Sustentabilidade 2023 >>

Na busca por encontrar soluções que ajudem a resolver esse problema, a Falconi atua na estruturação de célula multifuncional para análise de oportunidades e definição de iniciativas para redução do índice de perdas de água. Há dois tipos de perdas de água, as reais e as aparentes. Perdas reais são aquelas que acontecem a partir de vazamentos, enquanto as aparentes referem-se a toda água consumida, mas não contabilizada pela empresa de distribuição devido a problemas com hidrômetros, fraudes ou ligações clandestinas, por exemplo.

Nesse trabalho, foi possível identificar a presença de três grandes desafios:

  1. Elevado índice de ligações com hidrometração ativa apresentando consumo zero;
  2. Poucos recursos para fiscalizar e substituir hidrômetros de forma abrangente;
  3. Esforços para redução de perdas dispersos pelas áreas funcionais da concessão.

Ainda de acordo com o Instituto Trata Brasil, o valor em porcentagem da água perdida nos sistemas de distribuição do país representa um volume equivalente a mais de sete vezes a capacidade do Sistema Cantareira — maior conjunto de reservatórios para abastecimento do Estado de São Paulo ou 7,8 mil piscinas olímpicas desperdiçadas todo dia. Numa comparação com outros países latino-americanos, o Brasil fica atrás de Panamá e Peru, por exemplo, e distante da líder Bolívia, com 27% de perdas.

<< Leia mais: O papel da tecnologia na luta contra a falta de abastecimento de água >>

Diante de números tão preocupantes de uma dura realidade, a Falconi trabalha com:

  • Estruturação de núcleo de trabalho multidisciplinar, envolvendo todas as áreas da concessão com interface com perdas, para atacar o problema;
  • Capacitação técnica da equipe de trabalho da concessão com base nas melhores práticas estabelecidas pela International Water Association (IWA);
  • Análise técnica das fontes e engenharia de dados para definir balanço hídrico de referência e processos de suporte à coleta de dados do controle de resultados;
  • Estruturação de árvore de metas desdobradas conforme geografia e alavancas do balanço hídrico, compreendendo tanto as perdas reais quanto as aparentes;
  • Análise de dados para identificação e priorização de oportunidades, avaliando os impactos no volume micromedido, faturamento e retorno sobre investimentos necessários para combate à redução das perdas;
  • Operação para as rotinas de controle dos resultados e a execução das ações, com definição e documentação de padrões, rituais e ferramentas de suporte.

Como resultados desta abordagem, destacam-se o aumento do faturamento e ampliação do volume de água micromedido, com impacto direto na redução de índices de perdas de água.

* Fernando Dutra é sócio da Falconi e diretor de segmento para soluções de saneamento

 

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