Nos últimos anos o mercado vem passando por uma evolução constante. Os desafios estão se tornando oportunidades e uma cultura organizacional focada em inovação e investimentos em tecnologia tem ganhado mais espaço nas empresas. Hoje temos gadgets para quase tudo em nossa rotina. Estamos conectados a celulares, computadores, relógios digitais, entre outros. Trocamos os documentos físicos por armazenamento em nuvens e temos acesso a informações com mais agilidade. Uma série de dispositivos que extraem dados e monitoram o comportamento dos usuários todos os dias.
Mas como o uso de dados vem moldando as estratégias na gestão de pessoas?
Uma coisa é fato: os tempos mudaram, nossas escolhas mudaram e a gestão de pessoas também. O modo de gerenciar as relações humanas em uma empresa, hoje anda ao lado da tecnologia e como resultado o Big Data se tornou uma das propriedades mais eficientes para a evolução do setor.
De acordo com Marcelo Nóbrega, especialista em Inovação e Tecnologia em Recursos Humanos na Falconi, essas mudanças surgem acompanhadas de propósitos e princípios. E, para se tornar uma empresa de alta performance e ter assertividade nas tomadas de decisões, é necessário direcionar essa cultura para que ela alavanque o potencial das pessoas. Além disso, os negócios que buscam de fato fazer a diferença, precisam construir estratégias que gerem confiança e tenham espaço para desenvolvimento.
“Isso tem que ser intencional no dia a dia, a liderança toda precisa pensar em ações que fomentem essa cultura, e depois isso precisa ser refletido no sistema de gestão de talentos”, comenta o executivo que considera a liderança colaborativa fundamental para o sucesso de uma organização.
People Analytics: a tendência que veio para ficar
A coleta de dados, quando aplicada à gestão de pessoas, é chamada People Analytics. Vista como uma forte tendência, a prática colabora para melhorar as etapas de recrutamento, o desenvolvimento de um profissional e a evolução da governança corporativa de forma analítica.
Alguns dos benefícios do uso de dados na gestão de pessoas em destaque são: melhores decisões estratégicas, avaliações de desempenho, redução de custos operacionais, redução na rotatividade de colaboradores, identificação de necessidades e aspectos ligados à melhoria da saúde mental e física.
A metodologia, que já vem sendo aplicada há algum tempo, promete se expandir ainda mais nos próximos anos e em diversos cenários. Considerado um pilar importante para o futuro (e presente) do trabalho, o People Analytics é uma maneira de usar a tecnologia para colocar as pessoas no centro. Por isso, mais que inovação, investir na categoria também é incentivar o avanço do Employee Experience, mostrando que os colaboradores possuem voz ativa em uma empresa.
Dados em potencial no Recursos Humanos
Por que o uso de Big Data tem sido tão importante assim? A quantidade de dados gerados atualmente – seja sobre as interações, os sistemas ou a comunicação como um todo – fazem com que as empresas compreendam muito melhor colaboradores, consumidores e as suas necessidades, resultando em serviços personalizados para cada um. Ou seja, alcança-se mais satisfação entre os envolvidos.
Por outro lado, muitas das tendências aceleradas no último ano fizeram com que os profissionais se tornassem mais independentes. No entanto, a gestão de Recursos Humanos se manteve com um papel importante de suporte, experiência e apoio às lideranças.
“A tecnologia permite que a gente entenda como cada equipe funciona, colaborando para tomar decisões mais inteligentes e vivências muito melhores para todo mundo”, diz Marcelo. “Tudo o que está acontecendo está colocando em xeque o domínio do RH”, completa.
É só o começo
Essas estratégias digitais também colaboram para o surgimento de novas empresas, transformando os modelos de negócios. Com o contexto do Brasil favorável à inovação, a tendência é que surjam mais produtos e serviços criados a partir da análise de dados e insights comportamentais. “A tecnologia está mais acessível, fácil e barata, tem muito capital disponível no mundo e tem muita gente querendo empreender”, explica Marcelo. “Os algoritmos chegaram com a missão de facilitar e realmente eles facilitam”, ressalta.
“O ciclo roda e não para… é o Analytic e o Employee Experience, se retroalimentando e criando um ambiente de trabalho superpositivo para a gente ter rupturas“.
Seguramente, grande parte das necessidades organizacionais têm sido supridas com o apoio da tecnologia e a utilização de Big Data. Contudo, essa revolução é somente uma parcela desse cenário inovador. Seja na área da gestão de pessoas ou em uma empresa como um todo, os mecanismos digitais devem se ampliar cada vez mais com um foco primordial: possibilitar a melhor experiência para as pessoas.
Quer saber mais sobre o assunto?
Ouça o episódio do podcast “Perguntas que nos Movem”, com Marcelo Nóbrega.