Após crescer 2,9% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, a economia brasileira deverá desacelerar neste ano e registrar crescimento de 1,6%. É o que projeta o relatório de Situação Econômica Mundial e Perspectivas, principal estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) no tema. Em cenários desafiadores como esse, de crescimento econômico mais lento, é ainda mais crítico que as empresas desenvolvam maturidade em gestão.
O vice-presidente da Falconi para Indústria de Base e Bens de Capital, André Chaves, diz que a ausência de processos bem definidos e a carência de elementos básicos da gestão, como a definição de indicadores e o acompanhamento de resultados, por exemplo, podem levar as companhias a terem dificuldades em alcançar as suas metas: “É crucial estabelecer uma base sólida antes de iniciar qualquer planejamento ou execução de projetos. Se o básico não for resolvido, é improvável que a empresa consiga resultados sustentáveis.”
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Um recente levantamento conduzido pela consultoria Falconi no LinkedIn trouxe à tona uma constatação que preocupa: quase metade dos respondentes admitiram não ter um controle adequado sobre os seus processos. O resultado da enquete revelou que 47% das organizações enfrentam desafios significativos na gestão de suas operações e levanta questões cruciais sobre a eficiência e a eficácia dos sistemas internos das companhias.
“Em ambientes macroeconômicos desfavoráveis, recursos disponíveis podem se tornar escassos e as empresas precisam ser mais eficientes em sua alocação. Além disso, a competição tende a se intensificar e companhias com uma gestão mais eficaz terão uma vantagem sobre as demais se adaptando e capturando uma maior fatia do mercado. Organizações sem maturidade tornam-se vulneráveis”, explica Chaves.
Boa gestão traz segurança diante das adversidades
Nesse contexto, uma gestão madura capacita as empresas a enfrentarem os obstáculos com resiliência — palavra-chave em tempos desafiadores. Uma pesquisa da plataforma de analytics SAS, divulgada em julho do ano passado, mostra que ajustar-se às incertezas é norma para os executivos brasileiros: 68% confiam na capacidade de suas empresas de enfrentar rupturas, enquanto globalmente o percentual é de 54%. Já 47% dos executivos consideram ter alta resiliência, bem acima dos 26% registrados como média global.
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Maturidade gerencial, neste momento, é o que trará segurança diante das adversidades e o que fará as empresas lidarem com flutuações no mercado, volatilidade econômica e mudanças na demanda do consumidor. Para o VP Falconi, o caminho para alcançar esse patamar passa por indicadores definidos, metas balanceadas, acompanhamento de resultados, direcionamento da equipe e análise dos erros, acertos e aprendizados.
“Cada vez mais a habilidade das organizações se adaptarem, resistirem e se recuperarem frente aos desafios surge como fator decisivo para buscar oportunidades em ambientes econômicos desfavoráveis. É preciso arrumar a casa, trabalhar com objetivos bem desenhados e ter todo o time remando em busca de resultados”, conclui Chaves.