As indústrias do setor de papel e celulose enfrentam um ambiente altamente competitivo, em que a eficiência na gestão dos gastos é um fator chave na sustentabilidade e no sucesso a longo prazo dessas organizações. Nesse contexto, as empresas devem perseguir continuamente aprimorar os seus métodos e as ferramentas para o controle orçamentário. Em nossa experiência de mais de 30 anos aplicando o Gerenciamento Matricial de Despesas (GMD) em centenas de empresas, pudemos comprovar que está é uma metodologia extremamente eficaz e precisa para gerir gastos.
O seu uso facilita a localização precisa dos desperdícios contribuindo para uma melhor alocação de recursos em toda a empresa. Nesta abordagem, os gastos são divididos em grupos ou pacotes de despesas de natureza similar, cada um supervisionado por um gestor, com responsabilidade de conhecer profundamente, propor melhorias e controlar aquele gasto em toda a empresa de maneira horizontal.
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Já os gestores das áreas, ou gestores de entidade, que são responsáveis pela execução dos gastos localmente, passam a se especializar na gestão do conjunto de todos os tipos de desembolsos necessários para o seu “pequeno negócio” (ex: sua gerência) funcionar.
Dessa forma, cada conta de despesa é visualizada a partir de duas perspectivas: a do pacote (horizontal), que avalia o tipo de gasto, e a da área (vertical), que permite uma visão mais profunda em cada centro de custo. Essa abordagem matricial possibilita uma gestão muito mais eficiente, precisa e colaborativa. Não são permitidos desvios ou compensações entre tipos de gastos ou áreas.
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Cada nó da matriz busca alcançar seu objetivo com metas, análises e planos claramente definidos. Atualmente, o Gerenciamento Matricial de Despesas é utilizado por grandes empresas, sejam elas nacionais ou internacionais, em vários segmentos, com muito sucesso. Com o uso, tais organizações contribuíram de maneira significativa para o desenvolvimento e expansão desta prática.
A incorporação de maneira estruturada e definitiva destes princípios em sua mentalidade empresarial e nos seus modelos de gestão tornaram o GMD um fator-chave para o sucesso e uma fonte de competitividade para essas organizações, contribuindo de maneira contínua para a geração de valor para os seus stakeholders.
*Conteúdo originalmente publicado na Revista O Papel
**André Chaves é vice-presidente de Indústria de Base e Bens de Capital da Falconi