set . 2025 .

Digitalização transforma a gestão de ativos e eleva a competitividade industrial

Com o avanço de tecnologias como IoT, IA e análise preditiva, empresas ganham eficiência, reduzem custos e aprimoram a tomada de decisão operacional

Daniel Oliveira e Alexandre Bicalho

Digitalização transforma a gestão de ativos e eleva a competitividade industrial



A transformação digital está redefinindo a gestão de ativos, gerando mais eficiência, previsibilidade e controle para as operações industriais. Tecnologias emergentes, como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e análise preditiva, modificam a forma como empresas monitoram, mantêm e otimizam seus ativos. Ao reduzir custos e aumentar a confiabilidade operacional, essas inovações se tornam cada vez mais acessíveis e integradas aos sistemas de gestão e permitem a tomada de decisão baseada em dados.

O uso da IoT permite que sensores conectados coletem dados em tempo real sobre o desempenho dos ativos, fornecendo informações detalhadas sobre temperatura, vibração, pressão e outros parâmetros críticos. Esses dados são analisados por sistemas de inteligência artificial, que identificam padrões e preveem falhas antes que ocorram, possibilitando intervenções preventivas. A manutenção preditiva, impulsionada por IA e aprendizado de máquina, reduz o tempo de inatividade dos equipamentos e otimiza a alocação de recursos.

A digitalização dos processos de gestão de ativos também permite a automação de fluxos de trabalho, maior rastreabilidade dos ativos e melhor integração entre áreas operacionais. Tecnologias como gêmeos digitais (Digital Twins), que funcionam como réplicas virtuais dos ativos físicos, oferecem simulações avançadas para prever o impacto de diferentes cenários e aprimorar a eficiência das operações.

A Falconi conduziu diversos projetos relacionados à gestão de ativos. No setor de óleo e gás, foi implementada uma solução com base em tecnologia blockchain para otimizar a gestão de contratos. A adoção do recurso resultou na redução de 5% nas possibilidades de contratos mal dimensionados e gerou uma economia de até 12 dias de trabalho manual.

Além disso, a automação dos processos contratuais e o cumprimento integral dos requisitos aumentaram a eficiência e garantiram descontos por antecipação de pagamento em cerca de 2% dos contratos.

Em outro projeto, no setor siderúrgico, foi implantado um sistema com base em IoT para monitoramento em tempo real da produtividade das equipes de manutenção. O projeto buscava elevar a eficiência ao identificar e reduzir os tempos improdutivos (tool time), com uso de sensores Wi-Fi, beacons e um aplicativo integrado para a gestão das tarefas.

A iniciativa proporcionou mais visibilidade das rotinas operacionais, permitindo a identificação de gargalos, a otimização das rotas de inspeção e o melhor dimensionamento da mão de obra. Como resultado, a produtividade global da manutenção foi ampliada, com redução de riscos, estabilização dos processos e decisões mais assertivas em tempo real.

A adoção de tecnologias emergentes na gestão de ativos é um caminho irreversível para empresas que buscam competitividade e sustentabilidade. À medida que IoT, IA e análise preditiva evoluem, as organizações têm a oportunidade de transformar seus processos, melhorar a eficiência e reduzir riscos.

Daniel Oliveira é diretor da unidade de negócios especializada em Óleo e Gás; Alexandre Bicalho é team leader da unidade de negócios especializada em Indústria de Base e Bens de Capital

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