set . 2025 .

Eficiência na gestão de ativos: um diferencial competitivo na indústria de base

Metodologia estruturada alinhada à norma ISO 55000 permite ganhos expressivos em produtividade, sustentabilidade e segurança operacional

Por Daniel Oliveira e Alexandre Bicalho*

Eficiência na gestão de ativos: um diferencial competitivo na indústria de base



A gestão de ativos tem se consolidado como um dos principais fatores para a competitividade das empresas da indústria de base, especialmente em óleo e gás. Esse é um setor em que os ativos são altamente complexos e exigem uma abordagem estruturada para garantir eficiência, segurança e rentabilidade.

A metodologia de eficiência na gestão de ativos fundamenta-se nos princípios da norma ISO 55000, que define o conceito como a coordenação de atividades para maximizar o valor extraído ao longo do ciclo de vida dos ativos.

Essa abordagem busca assegurar a operação sustentável e eficaz, otimizando custos, aumentando a segurança operacional, prolongando a vida útil dos equipamentos e garantindo a conformidade regulatória e ambiental.

A proposta metodológica estrutura-se em torno da cobertura de todas as fases do ciclo de vida dos ativos, garantindo uma gestão holística e integrada. Essas fases incluem:

Instalação e comissionamento: etapa em que a organização avalia a aquisição ou implantação do ativo, priorizando a maximização do valor ao longo de seu ciclo de vida, e não apenas o menor custo inicial. Isso ocorre porque ativos mais baratos podem demandar manutenção frequente e gerar maior custo a longo prazo. Logo, a manutenabilidade e a padronização do parque instalado contribuem para otimizar recursos e conhecimento técnico. O envolvimento das equipes de operação e manutenção é essencial para prevenir falhas futuras.

Operação e manutenção: com os ativos em funcionamento, é fundamental garantir sua eficiência, confiabilidade e segurança. Falhas de instalação, como dificuldades de acesso e execução inadequada, podem surgir nessa fase, que é a mais longa do ciclo e concentra os maiores custos. A adoção de boas práticas de gestão prolonga a vida útil dos ativos e reduz despesas operacionais.

Desinstalação e substituição: as empresas devem ter um planejamento para o descarte responsável e o reaproveitamento de componentes. A substituição de ativos obsoletos deve considerar o retorno sobre investimento. A desmobilização, muitas vezes não prevista inicialmente, é inevitável. Reduzir desperdícios, mitigar impactos ambientais e sociais e atender à regulamentação vigente são fatores imprescindíveis. Nas desinstalações industriais, deve-se considerar também os impactos à comunidade.

Na Falconi, temos vivenciado inúmeros projetos com essa abordagem e observamos que empresas que adotam essa metodologia obtêm benefícios expressivos:

  • Economia de até 40% nos custos de manutenção, com a redução de falhas inesperadas;
  • Aumento de até 25% na produtividade, com maior disponibilidade dos ativos;
  • Redução de até 30% nas emissões de CO₂, aprimorando a pegada ambiental da operação;
  • Maior segurança operacional, com diminuição de incidentes causados por falhas críticas.

A eficiência na gestão de ativos é um diferencial estratégico para empresas que buscam competitividade e sustentabilidade. A metodologia busca maximizar o desempenho dos equipamentos ao longo do ciclo de vida, assim como reduzir custos, aumentar a segurança e a rentabilidade.

*Daniel Oliveira é diretor da unidade de negócios especializada em Óleo e Gás; Alexandre Bicalho é team leader da unidade de negócios especializada em Indústria de Base e Bens de Capital.

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