out . 2025 .

Expansão sustentável: liderança, foco no core e execução disciplinada para crescer

Diagnóstico honesto, priorização rigorosa, pessoas certas e gestão por indicadores sustentam crescimento de qualidade

Bernardo Miranda*

Expansão sustentável: liderança, foco no core e execução disciplinada para crescer



No mercado atual, onde capital e tecnologia são amplamente acessíveis, crescer rápido é fácil; crescer bem é raro. A velocidade deixou de ser um diferencial e o que distingue as empresas duradouras é a capacidade de crescer com consistência. Escala sem método é entropia com marketing. Crescimento de verdade é consequência de gestão e alta performance. 

Tudo começa com clareza brutal de diagnóstico. Antes de mirar o topo, é preciso entender o chão. Estratégias raramente falham por falta de ambição; falham por falta de realismo. Líderes de excelência combinam humildade para encarar os fatos com vontade feroz de transformá-los. Essa é a essência da liderança de alto nível, ambição com profundidade técnica e pelo propósito, não pelo ego. 

O segundo pilar é o foco disciplinado no core. Em ciclos de expansão, a tentação de diversificar é grande, mas o verdadeiro diferencial está em escolher menos iniciativas e executá-las melhor. As empresas que crescem com consistência dominam a arte de priorizar e têm coragem de dizer “não”. Saber o que não fazer é tão estratégico quanto definir o que fazer. 

Nenhuma estratégia, porém, sobrevive a um time errado. Estratégia sem talento é PowerPoint. As organizações que entregam resultados consistentes contratam por cultura, medem por performance e recompensam por impacto. O RH, nesse modelo, não é área de suporte, é motor de execução e guardião da cultura. 

Depois vem a liderança. Líderes de alta performance não delegam a execução, a estruturam. Criam cadência, estabelecem rituais, enfrentam fatos. Inspiram mais pela atitude e seus resultados do que pelo discurso. Carlos Brito, CEO da Belron Group e ex-CEO da AB InBev, costuma lembrar: “O que não se mede, não se faz; o que não se cobra, não acontece”. Essa é a disciplina invisível que sustenta o resultado. 

A tecnologia, nesse contexto, é multiplicadora, não substitui disciplina, amplifica eficiência. Organizações que tratam dados como ativo estratégico decidem melhor, aprendem mais rápido e reduzem variabilidade. A digitalização não é sobre sistemas, é sobre performance. 

Por fim, cultura e propósito são o cimento invisível do crescimento sustentável. Cultura é o que define o comportamento quando ninguém está olhando. Propósito é o que mantém a direção quando tudo ao redor muda. Empresas que sabem por que crescem, crescem melhor e por mais tempo. 

Crescer rápido é oportunidade. Crescer bem é resiliência e alta performance. 

*Bernardo Miranda – Falconi Sr. Partner | US Office Managing Director 

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