A busca pela excelência na gestão de ativos exige a adoção de indicadores de desempenho claros e a comparação dos resultados com benchmarks globais. Empresas que monitoram suas operações com métricas bem definidas conseguem otimizar recursos, reduzir custos e aumentar a confiabilidade dos ativos durante seu ciclo de vida.
O uso de indicadores específicos permite medir a eficácia das estratégias implementadas e identificar oportunidades de melhoria contínua. Com uma grande variedade de métricas disponíveis, cada organização deve definir aquelas que melhor refletem seus objetivos estratégicos e permitam mensurar a eficácia das operações.
Neste artigo, fizemos uma seleção baseada no livro “Eficiência na Gestão de Ativos”, publicado pela Editora Falconi:
Indicadores de desempenho globais: medem a eficiência geral dos ativos, como o Overall Equipment Effectiveness (OEE), que combina disponibilidade, performance e qualidade para avaliar o desempenho global do equipamento.
Indicadores de planejamento: avaliam a aderência e a eficácia das ações de manutenção. Um exemplo é o Backlog de Manutenção, que indica o tempo necessário para executar todas as ordens de serviço pendentes e permite identificar gargalos operacionais.
Indicadores de pessoas: medem a qualificação e o desempenho das equipes envolvidas na gestão de ativos. O Percentual de Treinamento e Competência em Manutenção, por exemplo, mostra a proporção da folha de pagamento destinada à capacitação dos profissionais.
Indicadores de performance de processos: estão relacionados à eficiência operacional e à confiabilidade dos ativos. Um dos principais é a Acurácia do Estoque, que mede a precisão no controle dos materiais utilizados na manutenção. Outro exemplo é o Tempo Médio para Execução de Ordem de Serviço, que considera o intervalo entre a abertura e a conclusão da ordem, essencial para avaliar a eficiência da equipe e identificar gargalos no fluxo de trabalho.
Indicadores de custo: quantificam os gastos relacionados à manutenção dos ativos. O Custo de Manutenção Anual como Percentual do Valor de Substituição do Ativo é uma métrica que apoia a análise do impacto financeiro da manutenção dentro da organização.
A implementação de benchmarks permite às empresas comparar seus indicadores com os de organizações líderes do setor, identificando lacunas e oportunidades de aprimoramento. Essa prática é fundamental para quem busca alto desempenho e sustentabilidade operacional.
A mensuração contínua, aliada à comparação com padrões internacionais, contribui para o aprimoramento de processos, a mitigação de riscos e a maximização do valor gerado pelos ativos. Estruturar as operações com base em dados concretos e referências globais traz mais chances de alcançar a excelência e manter a competitividade.
Daniel Oliveira é diretor da unidade de negócios especializada em Óleo e Gás; Alexandre Bicalho é team leader da unidade de negócios especializada em Indústria de Base e Bens de Capital