fev . 2025 .

Eficiência operacional deve ser prioridade na pauta de CIOs e CTOs

Apesar das incontáveis possibilidades tecnológicas no mercado, lideranças precisam de estratégia e assertividade na gestão para garantir que a TI atenda aos objetivos de negócios

Breno Barros*

Eficiência operacional deve ser prioridade na pauta de CIOs e CTOs



A infinidade de ferramentas criadas a partir de inteligência artificial e todos os avanços tecnológicos não tiram de moda algumas palavras básicas do universo da gestão: eficiência e resultado. Nos últimos anos, depois de altos investimentos em novas tecnologias, o que se percebe entre as lideranças de TI é uma certa frustração. Sem resultados satisfatórios, CIOs e CTOs começam a perceber que as decisões da área devem ser, fundamentalmente, eficientes e conectadas à estratégia empresarial.

Uma pesquisa da Forrester Prediction 2025 revelou que 91% dos CIOs e CTOs pretendem melhorar as margens operacionais nos investimentos de TI, enquanto 65% planejam criar e executar uma estratégia robusta para a área. Além disso, 60% das lideranças tecnológicas devem modernizar seus ambientes de nuvem para impulsionar inovação e eficiência.

Para alcançar esses resultados, os líderes de TI precisam superar quatro desafios principais: estruturar uma estratégia de TI eficaz, otimizar a nuvem, aprimorar a performance ágil e implementar práticas de DevOps (eficiência técnica) e FinOps (otimização de custos). A integração dessas abordagens é essencial para garantir que os investimentos em tecnologia se traduzam em crescimento e competitividade para as empresas.

A estratégia de TI, portanto, funciona como um plano abrangente que orienta a gestão e o uso da tecnologia e dos recursos dentro das organizações. Seu objetivo principal é alinhar os investimentos tecnológicos às metas de negócios, o que garante que cada iniciativa contribua diretamente para o sucesso empresarial. Sem esse direcionamento, as empresas correm o risco de desperdiçar recursos e perder oportunidades estratégicas.

A otimização da nuvem, por sua vez, é uma prioridade para muitas companhias. Esse processo visa melhorar a performance e eficiência dos recursos de computação em nuvem, o que reduz custos, aumenta a confiabilidade e maximiza a utilização dos recursos disponíveis. Com a crescente adoção da computação em nuvem, empresas que não otimizam seus ambientes podem enfrentar desafios financeiros e operacionais significativos.

Outro fator essencial para a eficiência é a adoção de metodologias ágeis. A chamada “agile performance” permite que as equipes entreguem resultados de maneira rápida e eficiente, a partir de abordagens como Scrum e Kanban, comuns em projetos de melhorias de gestão. Essas metodologias promovem ciclos curtos de desenvolvimento, feedback contínuo e adaptação constante às mudanças do mercado. Como resultado, são potencializadas a produtividade e a satisfação do cliente.

Além disso, a adoção do DevOps tem se mostrado fundamental para a integração entre desenvolvimento de software e operações de TI. Essa metodologia melhora a colaboração e a produtividade ao automatizar processos e integrar equipes, o que reduz o tempo de desenvolvimento e aumenta a eficiência operacional. Paralelamente, o FinOps age como uma estratégia essencial para garantir o uso eficiente dos recursos financeiros em TI. Com isso, a visibilidade e o controle sobre os custos são maiores.

Resultados na prática

O desafio da eficiência operacional em TI é evidente: apenas 48% das iniciativas tecnológicas atingem os resultados esperados. Um exemplo de sucesso vem de uma empresa do setor de telecomunicações que, com apoio da Falconi, implementou um modelo estruturado baseado no ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Checar, Agir). O plano incluiu diagnósticos estruturais, habilitação de uma torre de controle ágil, revisão de processos de governança e reestruturação de times ágeis.

Como resultado, a empresa conseguiu reduzir entre 11% e 19% os gastos com pessoal sem comprometer a qualidade e a produtividade, além de alcançar 100% de alinhamento estratégico e visibilidade sobre os itens de trabalho. O impacto financeiro foi expressivo, com um retorno sobre o investimento (ROI) 11 vezes maior. Esses números reforçam que, para 2025, a eficiência operacional em TI será um fator determinante para a competitividade das empresas.

* Breno Barros é vice-presidente de Soluções Digitais e CTO da Falconi

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