Não é novidade o papel estratégico que a área de recursos humanos vem desempenhando em um contexto de mudanças constantes no mercado de trabalho e nas organizações. Na mesma medida em que os gestores do setor ganham cada vez mais espaço na tomada de decisão, a parcela de complexidade também aumenta. Nesse sentido, a adoção de novas soluções tecnológicas avança de forma a apoiar esses processos. Para conhecer melhor o cenário, Falconi e Think Work realizaram a pesquisa “Como o RH usa dados e tecnologia” com 163 empresas de vários segmentos.
Segundo o estudo, feito no primeiro semestre de 2022, apenas 39% das empresas dizem adotar people analytics e acompanhar indicadores de RH. Além disso, a profundidade das análises é insuficiente: a maioria das companhias se limita a observar os dados e entender os motivos que levaram ao resultado, sem traçar previsões baseadas nos padrões ou ações futuras. As respostas destacaram que os temas em que mais se utiliza análise de pessoas estão relacionados com avaliação de desempenho, engajamento, progressão de carreira, turnover e equidade salarial.
A partir da pesquisa “Como o RH usa dados e tecnologia”, foi elaborado um ebook com os principais resultados e insights que mostram como o uso de people analytics consegue trazer o RH para a agenda estratégica do negócio e melhorar a tomada de decisões de líderes e gestores.
Vantagens incluem decisões mais justas pelo RH
Das organizações respondentes que já utilizam people analytics na área de gente, 86% garantem melhora na tomada de decisões. Os benefícios citados incluem ainda: antecipar situações futuras para permitir ações preventivas (59%), tornar o RH como uma área mais estratégica (57%), tomar decisões mais justas (46%) e alcançar uma gestão de equipes otimizada pelos líderes (44%).
Entre as que ainda não incorporaram o uso de dados, quase metade (49%) alega, como barreira, não terem uma cultura orientada para a inovação. Outras respostas apontadas foram a falta de profissionais com expertise no uso da tecnologia (37%) e a dificuldade de integrar sistemas (31%).
“Cada vez mais, as empresas precisam consultar com autonomia os dados sobre seus colaboradores e, a partir das ferramentas de people analytics, tomar decisões diárias sobre gestão de pessoas com apoio dessas soluções. É uma tendência do mercado atual que melhora a gestão das equipes pelos seus líderes, além de tornar essas escolhas bem mais adequadas e rápidas”, comenta Fernando Ladeira, diretor da unidade de negócios da Falconi que fornece soluções de gente.
Falconi investe em startup e lança solução de people analytics
Dentro do plano de expansão baseado no investimento em inteligência artificial e da necessidade de apostar no uso de dados, a Falconi investiu na startup Minehr. Juntas, as companhias desenvolvem a plataforma Dahdos (Data and Human Development Oriented System), solução para ajudar empresas na tomada das melhores decisões, a partir de análise descritiva, diagnóstica e preditiva de dados.
A Dahdos utiliza informações dos colaboradores para gerar insights, por meio de dashboards customizáveis sempre à disposição do cliente. “A partir de modelos preditivos para prever comportamentos, é possível apontar tendências que apoiam substancialmente gestores na identificação de causas de problemas e priorização de ações”, detalha o executivo da Falconi.
Na prática, entre os insights gerados, está, por exemplo, o entendimento dos motivos que levam a taxa de turnover ser mais alta conforme a posição dos colaboradores na empresa. O CEO da Minehr, Renan Nishimoto, detalha: “É uma plataforma de people analytics que coleta, armazena e trata, num único lugar, informações e insights valiosos para potencializar talentos e desenvolver estratégias acertadas. Um sistema completo e intuitivo que permite visualizar informações em tempo real.”