dez . 2024 .

Seguradoras apostam em eficiência operacional e na melhoria da experiência para crescer

Setor investe na inteligência artificial e em inovação para otimizar operações e impulsionar os resultados

Seguradoras apostam em eficiência operacional e na melhoria da experiência para crescer



O setor de seguros arrecadou mais de R$ 324 bilhões até setembro de 2024, um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Apesar disso, ainda há um espaço imenso de expansão para o setor no Brasil. Basta comparar a taxa de penetração, de cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), com as economias desenvolvidas, onde este número gira em torno de 10%. Tudo isso demonstra uma promissora janela de oportunidades que, para ser aproveitada, demanda atenção das lideranças às soluções capazes de transformar seus resultados.

No ano que vem, espera-se a continuidade da pressão para que as empresas aumentem a sua eficiência operacional, aprimorem a experiência dos clientes e seus modelos de avaliação e precificação de riscos. Isso se dará a partir do uso intensivo de dados e de ferramentas digitais. A disseminação das aplicações tecnológicas e o aumento dos pedidos de sinistros, devido aos fenômenos naturais que vêm ocorrendo no país como enchentes e queimadas, são dois fatores aceleradores dessas tendências.

Para lidar com esses desafios, o setor deverá utilizar soluções como IA, big data machine learning, sendo possível automatizar processos, aumentar a precisão na análise de riscos e personalizar produtos e serviços. O investimento em inovações, portanto, promete transformar áreas como precificação de riscos e subscrição, gestão de sinistros e relacionamento com clientes, o que torna as operações mais rápidas, precisas e eficientes, além de reduzir custos operacionais. Além disso, a integração a ecossistemas digitais será determinante para criar uma visão 360º das necessidades dos clientes, o que habilita as seguradoras a oferecer experiências conectadas que combinam proteção com serviços de valor agregado, como monitoramento e cibersegurança.

Outro ponto relevante são as parcerias para distribuição de produtos embedded em plataformas digitais, com uma abordagem “B2B2C”. Ações como segmentação e gestão de performance comercial desses canais de distribuição são formas de superar desafios para elevar a performance comercial e dar origem a novas receitas.

Ao unir gestão e tecnologia, as seguradoras poderão elevar substancialmente a excelência operacional e a proposta de valor ao cliente. Essa iniciativa traz um diferencial às empresas em um ambiente de mudança dos riscos existentes, de desafios contantes na área de regulação e da evolução contínua da demanda por personalização e melhoria da experiência ao longo da jornada do segurado.

*Por Daniel Oliveira, vice-presidente da Falconi para soluções de Serviços e Tecnologia, e Flavio Lisboa, sócio e diretor de Serviços Financeiros da Falconi.

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