Chegamos a mais um dia 28 de junho, quando é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTI+. Mas onde estão essas pessoas? Elas têm visibilidade em nossas organizações e na nossa sociedade como um todo?
Recentemente foram divulgados, pela primeira vez e a partir da autodeclaração, dados do IBGE sobre a população LGBTI+. Sem entrarmos agora na discussão sobre a assertividade dos números, nos é levantado um alerta da urgência em coletarmos e tratarmos informações que representem essa população de maneira fidedigna. A existência de pessoas LGBTI+ nas organizações é um fato, mas a subnotificação de dados relativos a esses grupos reflete a invisibilidade da ocupação de espaços, posições relevantes e representatividade.
Dados indicam que estamos no caminho certo…
Na Falconi, trabalhamos sempre ancorados em fatos e dados que, após análise, nos permitem a tomada de decisões mais assertivas. Com questões relativas à Diversidade e Inclusão não é diferente. Temos um Comitê de Diversidade e Inclusão conectado diretamente à nossa presidente, Viviane Martins, que realiza anualmente o Censo de D&I e Pesquisa de Percepção, a fim de conhecer nossa realidade e definir ações para cada grupo minorizado.
O Censo de 2021 apontou 9% de representatividade de colaboradores da comunidade LGBTI+, número em sintonia com pesquisa da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
Os dados de auto declarantes nos nossos últimos programas de estágio e trainee mostraram 23% e 17% de representatividade, respectivamente, confirmando nossas iniciativas na atração de novos talentos.
Para nossos colaboradores LGBTI+ e seus aliados, temos o B.YOU, grupo de afinidade responsável por debater temas como: orientação afetivo-sexual, identidade e expressão de gênero, além de ser um fórum permanente de troca de ideias, combater as microviolências contra a população LGBTI+ e garantir que cada um possa ser quem é.
… mas sempre buscamos melhorar
Os dados do Censo e Pesquisa de Percepção mostram um avanço ao longo dos últimos anos a partir das nossas iniciativas voltadas para Diversidade e Inclusão na Falconi. Contudo, os números também indicam a importância de ações para retenção e formação de lideranças que tragam ainda mais representatividade. Ou seja, a presença deve ser refletida em todos os níveis da organização, incluindo as posições de tomada de decisão.
Assim, temos ações estruturantes para nos apoiar nesta jornada como, por exemplo, a presença da Falconi no Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ e a parceria com a plataforma TransEmpregos, além da definição de metas e iniciativas de atratividade e inclusão, FAQ Sem Censura, Escuta Ativa e o incentivo e patrocínio de palestras, eventos e capacitações internas na temática.
Os dados nos apontam também que na comunidade LGBTI+, onde temos retratados Gays, Lésbicas, Bissexuais, Pessoas Trans e Travestis, Intersexuais, entre outras identidades de gênero e orientações presentes no + que não se encaixam no padrão cis heteronormativo, há uma distância significativa na representatividade de cada grupo. A presença de pessoas trans e travestis, para citar um exemplo, está em posição diametralmente oposta a de outros grupos.
Mergulhar nos dados e no entendimento específico de cada realidade é o que vai nos permitir traçar ações e iniciativas ainda mais efetivas para mudança do cenário em que vivemos e mover o cursor da história da invisibilidade e subrepresentatividade da comunidade LGBTI+.