São Paulo, 29 de dezembro de 2021. Quem são, onde estão, quanto receberam de investimento e que soluções oferecem as mais qualificadas startups dos quatro cantos do planeta? O empreendedor brasileiro Luiz Neto, radicado no Vale do Silício há cinco anos, criou uma tecnologia para coletar essas informações de forma mais eficiente e hoje comemora um marco: sua empresa Innovation Intelligence, fundada em março de 2020, se tornou o maior banco de dados online de startups do mundo, com mais de 250 mil soluções cadastradas (20 mil delas brasileiras) e uma seleção valiosa: todas receberam investimentos de venture capital e, portanto, são “validadas” pelo mercado.
Com a meta de alcançar, em 2024, um faturamento anual de 100 milhões de dólares (cerca de 500 milhões de reais), a empresa acaba de receber um aporte pré-seed após um primeiro investimento anjo no ano passado. A nova rodada conta com os escritórios no Brasil e em Londres da empresa global de inovação corporativa The Bakery, ao lado da Falconi (através do seu escritório nos Estados Unidos), Alvarez & Marsal (fundo Next A&M) e Smart Money Ventures (liderado por Cesar Bertini e Fabio Póvoa, fundador da Movile – detentora do iFood).
Criada para ser o “Google das Startups”, a Innovation Intelligence tem como um dos principais diferenciais a busca semântica por contexto. “Assim como no Google, por meio de inteligência artificial, o sistema amplia o escopo das palavras digitadas no campo de buscas para encontrar resultados e entende o contexto do que está sendo procurado para trazer os melhores resultados”, diz Luiz Neto, que tem como foco principal facilitar os negócios de inovação aberta e aproximar grandes empresas de startups através dos serviços da plataforma.
Software estará disponível ao grande público em julho
No primeiro ano de existência, a Innovation Intelligence rodou em stealth mode (beta privado) para clientes selecionados como forma de validar a arquitetura do produto. Neto anuncia que, no começo de julho, lançará a nova versão aberta ao público no modelo de assinatura.
O mercado é promissor e é estimado em massivos 35 bilhões de dólares pelas empresas de venture capital Omers Ventures e Mavfield. Além do investimento dos tradicionais fundos de venture capital, existe o das grandes companhias, que buscam cada vez mais parcerias com startups para inovar, oferecer soluções com agilidade e garantir maior performance.
“As organizações poderão encontrar o que precisam a partir de uma base de 250 mil startups qualificadas. A ideia é que a Innovation Intelligence entenda as dores e as necessidades do usuário, mostrando resultados que às vezes ele não esperava encontrar, mas uma vez encontrados o permitam gerar insights valiosos. Por ser uma busca de contexto, a ferramenta expande possibilidades. Torna a pesquisa por soluções ou startups muito mais assertiva, rica em dados e, naturalmente, criativa. É um impulsionador de programas de inovação aberta das empresas, reduzindo riscos, esforços e gastos desnecessários”, explica o CEO e fundador da plataforma.
Sobre a concorrência, no Brasil não há soluções tão completas e entre os players americanos, o de maior destaque é o CB Insights. Neto conta que um dos motivos de ter criado a Innovation Intelligence foi a sua insatisfação com as atuais opções do mercado internacional, que segundo ele são ineficientes e não oferecem uma alta qualidade de busca.
Parceria com a consultoria The Bakery
Para desbravar o mundo das startups, o usuário precisa fazer as buscas adequadas e as perguntas certas dentro da plataforma, combinando as informações encontradas com uma estratégia eficiente de inovação. Outra proposta de Luiz Neto é desenvolver projetos customizados para clientes de quem já atua como consultoria consolidada nesse ecossistema e é capaz de trazer a inteligência para o processo, como é o caso da The Bakery, investidora na rodada e parceira de negócios.
“Acreditamos na Innovation Intelligence como um catalisador da inovação e de novos negócios. Depois de encontrar soluções que dão match com seus objetivos, a corporação vai definir como se aproximar das startups, relacionar-se com elas e acolher a inovação no dia a dia. Mesmo com a solução pronta, pode ser válido realizar adaptações, estudos de viabilidade em novos mercados e testes de implementação. Nessa hora, não basta querer inovar. Tem que saber inovar”, destaca Felipe Novaes, cofundador e sócio da The Bakery no Brasil.
Nos resultados de buscas através da Innovation Intelligence são apresentados, além do resumo da startup e área de atuação, a trajetória de seus fundadores, seus principais skills, dados de concorrentes e clientes, o histórico de investimentos e o perfil dos investidores, entre outras informações colhidas através de fontes variadas com a tecnologia de Big Data proprietária da empresa.
Um dos pontos fortes é a organização de todos esses itens. É possível visualizar uma trilha de informação, por exemplo, com as conexões entre dezenas de investidores, parceiros, clientes e corporações. Com base nos dados e no que as startups têm produzido, as empresas conseguem também identificar tendências em seus setores para definir novos investimentos.
“Existem outras empresas com bancos de dados no Brasil e no mundo que alardeiam números de startups listadas, mas que não são atualizados nem têm uma régua alta em termos de nível de maturidade do negócio e potencial de crescimento. Um pré-requisito para a startup constar na Innovation Intelligence é já ter recebido investimento de venture capital justamente porque, nessa fase, já houve análise de um investidor para identificar se o negócio é escalável, se a ideia é boa e teve aceitação no mercado”, completa Neto.
Parceria com a consultoria Falconi
A Falconi, consultoria para geração de valor por meio de soluções em Gente e Gestão com tecnologia, está investindo em IA e novas tecnologias como estratégia para acelerar a inovação. Com a plataforma da Innovation Intelligence, a consultoria irá ampliar o leque de soluções e parcerias, aperfeiçoando a experiência dos clientes na seleção da startup mais aderente ao desafio da organização, no desenho dos processos e na implementação do parceiro com sua estratégia de negócio.
“A busca mais assertiva por uma startup é um passo importante em direção ao amadurecimento da inovação aberta, pois precisamos gerir as oportunidades e garantir que as melhores sejam selecionadas para implementação na estratégia e cultura das organizações. Essa busca inteligente nos permite acelerar os processos e, com isso, economizar tempo e dinheiro. Além disso, temos a maior oportunidade de todas: o incremento significativo na geração de valor sustentável, pois a relação é ganha-ganha: tanto para a empresa com resultados concretos, quanto para o parceiro que, com caixa e experiência para a sua jornada, se desenvolve e se consolida no mercado. É neste ecossistema de inovação sem fronteiras que conectamos os nossos clientes e soluções. Seja onde o parceiro estiver, iremos encontrá-lo”, afirma Viviane Martins, CEO da Falconi.