Cerca de 7 milhões de jovens no Brasil não trabalham, nem estudam. Os números divulgados em maio deste ano pela Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho retratam a realidade dos chamados “nem-nem”, pessoas de 15 a 24 anos sem trabalho e sem educação ou formação — ou seja, também não estão se preparando para entrar no mercado de trabalho. Na busca por soluções para esse problema, a Falconi, maior consultoria brasileira de gestão empresarial e de pessoas, trabalhou em um projeto piloto para inserir esses jovens no mercado de trabalho ou para incentiva-los a dar continuidade nos estudos (ensino superior ou técnico).
O programa foi aplicado em uma escola estadual na periferia de Belo Horizonte (MG), para 25 jovens entre 17 e 19 anos. A gestora do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Falconi, Izabela Murici, explica que a redução na proporção de jovens que não estejam ocupados é uma das principais dores da sociedade. Segundo ela, diante dessa questão, a Falconi fez um estudo para entender por que, a cada ano, o número de jovens na situação “nem-nem” se agrava mais.
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“Encontramos diversos desafios a serem enfrentados, como questões econômicas que fizeram os jovens largarem os estudos para obter renda, a baixa absorção de recém-formados em um mercado de trabalho muito competitivo, a falta de experiência, um aprendizado falho, lacunas em competências necessárias, como empreendedorismo, autoconfiança, trabalho em equipe e planejamento, além de competências técnicas como, por exemplo, vendas e atendimento”, diz.
Evolução em disciplinas básicas chegou a mais de 40%
Toda a iniciativa foi construída em torno de quatro pilares: recomposição de aprendizagem; desenvolvimento de competências a partir de trilhas multidisciplinares; mentorias com o apoio da equipe Falconi e profissionais de outras empresas, com uso da metodologia socioemocional para apoio na construção e execução de um projeto de vida; e conexão com o mercado a partir de parcerias com empresas para levar os jovens até o mercado de trabalho formal. Ao final de quatro meses de aplicação, 23 jovens concluíram o programa. Com isso, houve 29,9% de avanço adicional na aprendizagem; 39,8% em matemática e 42,7% de progresso em língua portuguesa.
Iniciativa ligada ao ODS 8 é celebrada globalmente
A iniciativa está vinculada a uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8 | Trabalho Decente e Crescimento Econômico, uma referência direta à atuação da consultoria e ao seu modelo de negócios. A gestora Izabela Murici lembra que o ODS 8 está no primeiro nível de prioridade na estratégia ESG da empresa porque reflete a sua principal atividade: a promoção do crescimento econômico de forma sustentável. Contudo, para ela, a atuação vai muito além.
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“Dentre as oportunidades de atuação com o ODS 8, escolhemos, em 2022, trabalhar com a meta 8.6, relativa à redução de “jovens nem-nem”. Mas o seu escopo abrange muitas questões dentro do conceito de trabalho decente. Por isso, foi desenvolvido um projeto estratégico para ampliar a nossa atuação e responder a certos desafios, como, por exemplo, a desigualdade de acesso a oportunidades de trabalho decente e os elevados índices de desemprego”, detalha a executiva.
Diante de tanta relevância, o tema ganhou uma data especial. No dia 7 de outubro é celebrado o Dia Mundial do Trabalho Decente, comemoração que acontece em todo o mundo para lembrar a importância da promoção do crescimento econômico de forma sustentável a toda a sociedade.
Em meio ao compromisso de implementar a Agenda 2030, de acordo com as metas e objetivos aprovados e alinhados com a Organizações das Nações Unidas (ONU), a Falconi hoje prioriza outros três ODS como direcionadores do seu Programa de Desenvolvimento Sustentável: ODS 4 | Educação de Qualidade, ODS 5 | Igualdade de Gênero e ODS 10 | Redução das Desigualdades.