A forma como a educação é concebida, planejada e implementada tem passado por mudanças significativas ao longo do tempo. Hoje, há novas gerações de alunos nativos digitais que crescem em um mundo no qual a tecnologia é onipresente. A ascensão da aprendizagem online, o uso de dispositivos móveis, plataformas de ensino à distância e recursos digitais interativos têm mudado a forma dos jovens terem acesso à educação.
Além disso, temos as demandas da sociedade, da família e do mercado de trabalho, que não mais se contentam apenas com a aprendizagem dos chamados ‘hard skills’, como são conhecidos os conhecimentos técnicos adquiridos. Hoje, buscam o desenvolvimento integral do estudante, respeitando as suas diferenças em um ambiente mais inclusivo.
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Por outro lado, temos os mantenedores, gestores e professores, sejam da iniciativa privada ou das instituições de ensino públicas, tentando equilibrar todas as demandas. Diante dos desafios e das dores enfrentadas atualmente pelo setor, o uso de tecnologia tem sido um aliado praticamente obrigatório na busca por novos caminhos e tendências que envolvem processos pedagógicos e de suporte, como, por exemplo:
- Plataformas de aprendizagem virtual: A pandemia acelerou a demanda do ensino à distância no ensino superior, e as instituições que não possuíam suas próprias plataformas estão desenvolvendo-as para proporcionar uma melhor experiência na jornada do aluno, integrando os processos de ponta a ponta.
- Aprendizado adaptativo: Plataformas que incorporam inteligência artificial e machine learning e usam dados sobre o desempenho dos alunos para adaptar o conteúdo e as atividades às necessidades individuais, personalizando o ensino.
- Realidade virtual e realidade aumentada: Permitem que estudantes participem de simulações e visitas virtuais enriquecendo a experiência de aprendizado.
- Gamificação: Elementos de jogos aplicados no ensino para ampliar motivação, melhorar o engajamento e tornar a aprendizagem mais envolvente e interativa.
- Inteligência analítica: O uso de ferramentas de análise de dados permite que as instituições de ensino identifiquem padrões de comportamento dos alunos e definam modelos preditivos. Dessa forma, é possível antecipar o risco de evasão e de reprovação, por exemplo. Tais benefícios são obtidos por meio da mineração de dados e da geração de insights, que traz uma gestão mais assertiva.
- Biometria facial: A tecnologia pode ser utilizada para melhorar a segurança das escolas, monitorando presença física ou autenticação em ambiente virtual dos alunos, funcionários e visitantes, podendo ser integrado a outros processos que requerem esse dado, como preparação da merenda escolar e transporte escolar.
- Automação de processos administrativos: Simplifica tarefas administrativas, aumenta a eficiência do fluxo de trabalho e integra bases de dados para oferecer uma experiência fluida a alunos e responsáveis. Além disso, otimiza recursos e reduz custos operacionais. Exemplos: automação na alocação de professores, matrícula, aquisição de serviços educacionais, emissão de boletos e pagamentos.
Com o contínuo desenvolvimento tecnológico e a utilização crescente das inovações de forma estratégica para impulsionar a educação, é muito provável que a maneira como aprendemos e gerenciamos os serviços educacionais seja objeto de novas revoluções.
*Ana Terra é líder de Projetos Educacionais da Falconi