A indústria de base faz uso intensivo de capital, seja ele ligado a aquisição e melhoria de maquinário para produção ou em treinamentos e capacitação de mão de obra especializada. Com isso em mente, as lideranças no setor precisam ter uma boa visibilidade dos objetivos e metas das empresas em que atuam para garantir o uso eficiente dos recursos e gerar um bom retorno dos investimentos.
Em maio deste ano, o Governo Federal anunciou que empresas siderúrgicas pretendem investir R$100,2 bilhões no Brasil até 2028, o que pode gerar benefícios para toda a cadeia setorial. Para o vice-presidente para Indústria de Base e Bens de Capital da Falconi, André Chaves, essa movimentação direciona as organizações a um futuro de negócios mais inovador e competitivo.
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“Esse é um mercado que realiza aplicações em maquinário avançado, além da contratar profissionais cada vez mais especializados e preparados para lidar com as tecnologias emergentes. As lideranças precisam ser ‘estrategistas para longo prazo’, onde a longevidade e o legado das companhias prevalecerão, com base nas escolhas do presente. Ter grandes orçamentos possibilita mais ações, mas é preciso tomar cuidado para evitar aportes ineficientes e distantes dos objetivos”, explica.
Diante da importância do tema, André lista três recomendações que as lideranças do setor precisam ter enraizadas para o bom andamento dos negócios. Confira:
Escolha e execute muito bem seus investimentos
Qualquer modernização de maquinário e de linha de produção requer muitos investimentos. Para isso, é fundamental que as lideranças se atentem para que essas ações sejam feitas nos processos que mais podem impactar os resultados, além de garantir que os prazos sejam respeitados, que as melhorias técnicas esperadas sejam obtidas e certificar que os gastos não excedam o previsto.
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Capacitação contínua de pessoas
Pessoas têm necessidades de treinamentos distintas, mesmo estando em funções semelhantes, levando em conta o histórico profissional de cada um. Pensando nisso, são indicados dois caminhos: personalização das trilhas de conhecimento e garantia do “aprendizado para a vida toda”, onde vão estudar exatamente o que precisam aprender para executar com competência o seu trabalho, aplicando imediatamente os novos conhecimentos em problemas reais que precisam ser resolvidos.
Foco no meio ambiente
Dado o potencial para emissão de poluentes nestes setores, as lideranças precisam garantir que o impacto causado pela operação de suas organizações no meio ambiente sejam os menores possíveis. Para isso, é preciso revisitar planos táticos e reescrevê-los para que englobem escolhas de equipamentos, maquinários e matérias-primas com baixas emissões de carbono, uso de combustíveis mais limpos, reciclagem de componentes, contratação de fornecedores que também estejam alinhados à essa estratégia, entre outras ações. Apenas uma ação clara, coordenada e consistente por um período longo de tempo será capaz de gerar redução na emissão de CO2.