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Por que falar de Consciência Negra e Ações Afirmativas?

Na Falconi, consolidamos nosso genuíno compromisso com a temática de Cor e Raça.

Por que falar de Consciência Negra e Ações Afirmativas?



Atualmente a população negra (Pretos e Pardos) representa 56,3% da população brasileira (IBGE, PNAD Contínua 2019). Tendo em vista tal representação, espera-se que essa proporção se reflita ao analisar alguns índices, reforçando a ideia de que o Brasil vive em uma condição de ‘Democracia Racial’ (termo que define o estado em que há plena igualdade na sociedade, independente da raça, cor ou etnia de sua população).

Olhando para os diferentes níveis de escolaridade da população, nota-se que dentre os analfabetos, 75% são negros. No grupo de pessoas com nível superior completo, este número cai para 34% (IBGE, 2019).

Como um dos reflexos desse indicador, observa-se que o nível de desocupação entre a população negra é constantemente maior do que entre a população branca, chegando a uma diferença de 5 pontos percentuais nos anos de 2017 e 2018 (IBGE, 2019).

Já entre as médias salariais, nota-se não apenas uma diferença de 78% no ano de 2019, como um crescimento desta diferença nos últimos 7 anos (IBGE, 2019).

A partir dessa análise, vemos que o Brasil enfrenta uma realidade visível de Desigualdade Racial.

Isso é consequência de um contexto histórico complexo, no qual a escravização de pessoas negras só foi possível ao difundir a ideia de que elas faziam parte de uma raça biologicamente inferior, justificando a hierarquização social (Racismo Científico). Com isso, mesmo após a abolição da escravidão no Brasil, essa população era definida como um “problema da humanidade”, a ser resolvido através da miscigenação com a raça branca como forma de “limpeza” (GÉLEDES, 2021).

Todo esse contexto reforça a máxima de que o racismo é um problema complexo e estrutural, isto é, com a “naturalização de ações, hábitos, situações, falas e pensamentos que promovem, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial” (Brasil de Direitos, 2021), o que faz a data da Consciência Negra necessária e urgente, sendo um momento de reflexão e de respeito a todas as pessoas impactadas diretamente por esta desigualdade social histórica.

A busca pela criação de uma data para celebrar a união e a luta do povo negro por igualdade começou há várias décadas, havendo registros de tentativas para criação desta data na década de 1970, por exemplo. No entanto, foi com a Lei n.º 12.519, de 10 de novembro de 2011 que o dia da Consciência Negra foi oficialmente instituído no Brasil, sendo esta data a escolhida por ser apontada como a data de morte de Zumbi dos Palmares (Brasil Escola, 2021).

Mediante todo o cenário apresentado, sabemos que a desigualdade racial é uma realidade em nosso país e, como empresa, devemos exercer nosso papel para construirmos uma sociedade melhor e mais igualitária. 

Na Falconi, consolidamos nosso genuíno compromisso com a temática de Cor e Raça. Para tanto, nos tornarmos signatários do Pacto Global da ONU, adotando, dentro outros ODS, nosso compromisso com o ODS 10 – Redução das Desigualdades e o ODS 5 – Igualdade de Gênero. 

 

Mas como desdobrar estes objetivos em medidas concretas?

O primeiro passo é identificar o problema. Para isso, realizamos na Falconi o primeiro Censo em 2019, prática agora realizada anualmente. 

Com isso, verificamos que enquanto 56,3% da população brasileira é negra (IBGE, 2019), temos apenas 18,7% de pessoas negras no nosso time (Censo Interno, 2021).

Desdobrando o problema, vemos que a representatividade de pessoas negras em nosso time é maior nos cargos de base (36%) quando comparamos à alta liderança (17%) (Censo Interno, 2021).

Para aumentar a representatividade do nosso time e tornar nosso ambiente cada vez mais inclusivo para as pessoas negras surge o CÓR: o grupo de afinidade que tem como propósito acolher, debater e trabalhar por uma Falconi com mais diversidade racial e condições igualitárias de entrada e progressão de carreira, independente da etnia ou raça.

A atuação do grupo se concentra nos pilares de: Educação Racial, Atração e Seleção, Crescimento e Desenvolvimento, Alinhamento e Engajamento. 

Dentre as ações realizadas no ano de 2021, destacou-se O Programa Jovem Falconi Diversa: a primeira edição do processo seletivo voltado para estagiários negros.

E aí, assim como nós, seus olhos também brilharam com este trabalho? Então o que acha de transformar a sociedade com a gente? Entre em contato conosco pelo e-mail: [email protected].

 

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