O Web Summit abriu suas portas para o terceiro e penúltimo dia de evento nesta quinta-feira (3/11). Ao longo do festival realizado em Lisboa, que deve superar a marca de 70 mil visitantes até esta sexta-feira (4/11), os temas quentes foram os próximos passos da inteligência artificial, com foco na gestão de pessoas e na resolução de problemas do planeta, bem como uma análise sobre o ecossistema de venture capital ao longo dos últimos dois anos e as expectativas para 2023.
Craig Walker, fundador da companhia de soluções de IA em nuvem Dialpad, discutiu o papel da tecnologia no futuro do trabalho. Para ele, há uma oportunidade para empresas que querem se adequar às novidades trazidas pelos modelos híbrido e remoto. Na visão do especialista, a IA será capaz de ajudar gestores a melhorar sua comunicação com seus colaboradores e a mensurar sua performance de forma mais democrática e justa.
Viviane Martins, CEO da Falconi, subiu no palco para falar sobre o desafio de se criar uma cultura de inovação nas grandes empresas.
De acordo com o painelista, a adoção de IA na gestão de pessoas melhorará a interação, as predições e o engajamento das áreas de gente dentro das companhias. Internamente, poderá atuar em processos de seleção mais justos e menos enviesados, na análise de resultados de sucesso e muito mais. Já do lado do atendimento ao consumidor, a inteligência artificial poderá oferecer soluções cada vez mais ágeis.
Em outro momento, Ciaran O’Mara, fundador da startup Protex AI, falou sobre a importância de a tecnologia ser prática e acessível. Ele argumentou que não adianta criar soluções complexas e completas se as pessoas não conseguem usá-las. Por isso, o empresário defende simplificar a inteligência artificial, tornando-a de fácil acesso.
Já Sarah Guo, criadora do fundo Conviction, reforçou a importância da conexão entre as comunidades de empreendedores e a de desenvolvedores. Para a investidora, a experiência de software precisa ser repensada. Para isso dar certo, segundo ela, é preciso que diversos agentes do ecossistema trabalhem em parceria.
O inverno acabou?
Dentro do tema das startups, fundos de venture capital aproveitaram o evento para passar uma mensagem de cautela. Depois de uma abundância de capital investido entre 2020 e 2021, com recordes em bilhões de dólares aportados em startups, 2022 tem sido um ano mais desafiador. O capital se tornou mais escasso e muitas empresas que se comprometeram a escalar de forma agressiva acabaram por não dar conta do recado, gerando demissões e cortes nos novos investimentos por parte dos fundos.
Itxaso del Palacio, investidora do fundo Notion, falou no painel sobre a importância de buscar o lucro antes de querer escalar de forma abrupta. Para Palacio, startups devem voltar a pensar em aumentar as fontes de receita antes de crescerem a base de clientes.
Beth Ferreira, da FirsMark Capital, reforçou a ideia sobre os tempos de cautela. Antes de tentar prever o futuro no painel chamado “VC Crystal ball: Predictions for 2023” – em tradução livre: “Bola de cristal do venture capital: previsões para 2023” –, Ferreira fez uma reflexão sobre o excesso de capital investido nos últimos anos. Para ela, agora é hora de analisar as oportunidades com mais paciência, buscando negócios mais organizados financeiramente e prontos para escalar sem atalhos.
“O tom geral dos investidores presentes no Web Summit é mais cuidadoso, com certeza algo muito alinhado com o que a Falconi acredita de que crescimento a qualquer custo pode não ser o melhor caminho”, afirmou Marina Cavalieri, Product Director da Falconi.
A Falconi vai conferir todos os dias de evento, com cobertura nas redes sociais com vídeos e textos diários, com o olhar do Grupo Falconi, representado por Marina, assim como Viviane Martins, CEO da Falconi, Márcio Fróes, Presidente do Conselho, Suzane Veloso, Diretora de Marketing, e Marina Cavalieri, Product Director da Falconi.
Fique por dentro das novidades da cobertura da Falconi no Web Summit 2022.
